Ainda EMBARQUE EM SOBRESSALTO
sábado, 31 de julho de 2010
Embarque em Sobressalto

Encerrou-se, assim, um ciclo de lançamento de EMBARQUE EM SOBRESSALTO, iniciado na Figueira da Foz, em 12 de junho, seguindo-se Santa Comba Dão em 17 de julho e encerrado, agora, em Tondela.
Embarque em Sobressalto
"TONDELA TE SAÚDA"
Carlos Marta, presidente da Câmara, dirigindo-se ao autor de
EMBARQUE EM SOBRESSALTO



Tondela recebeu-me de braços abertos para apresentação do meu livro de poesia, EMBARQUE EM SOBRESSALTO.
As palavras do presidente da Câmara Municipal, Carlos Marta, e do presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Coimbra, sensibilizaram-me profundamente.
Tondela, eu te saúdo!
Carlos Marta, presidente da Câmara, dirigindo-se ao autor de
EMBARQUE EM SOBRESSALTO
As palavras do presidente da Câmara Municipal, Carlos Marta, e do presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Coimbra, sensibilizaram-me profundamente.
A poetisa Filipa Duarte foi extremamente simpática ao declamar alguns dos poemas contidos na obra, que provocaram aplausos da assistência presente no auditório municipal daquela cidade da Beira Alta, em pleno vale de Besteiros.
Na primeira foto, um aspeto da mesa, constituída, a contar da esquerda, por Joaquim Coimbra, presidente da Assembleia Municipal, Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal, Filipa Duarte, poetisa, Joaquim Duarte Pereira (Zé Beirão), que apresentou o autor e o livro, Adélio Amaro, da editorial Folheto e, a falar do trabalho, o autor, Aníbal José de Matos.
Na segunda, Adélio Amaro falando do autor e da obra, na terceira, um aspeto da assistência e na última, o autor durante a sessão de autógrafos.
Não posso deixar de focar que notório o estado de choque provocado pela morte trágica de Fernando Ferraz Martins e esposa, alegadamente assassinados dias antes pelo filho e enteado.
Fernando Ferraz era 1.º secretário da Assembleia Municipal, e, nesta sessão foi recordado pelo presidente do município de Tondela.
Aproveitei a ocasião, para ler um poema da minha autoria, escrito no próprio dia da apresentação, dedicado à cidade de Tondela, e que reproduzo:
Tondela, eu te saúdo!
Terra da minha infância
E de alguns dos meus primeiros passos.
Eu te saúdo
Ó terra de minha Mãe.
Quantas saudades preenchem
Vazios do meu sentir.
Perpassam na minha mente
Momentos que a memória
Não permite que se apaguem.
Terra das minhas raízes,
Como recordo os passeios
Pelo alto do Pendão.
Tondela que o Caramulo,
Imponente e sedutor,
Enlaça para todo o sempre.
Onde as rosas perfumadas
São fragrância sensual.
Tondela da Fonte Nova,
Do Outeiro e dos Amores,
Das velhas festas da Mata,
Dos piqueniques nos pinhais.
E relembro aquela feira
Onde saborosos bolos tortos
Eram delícias de menino.
Vejo e revejo
O monumento na Praça
Recordando heróicos feitos,
Em que a alegria do regresso
Não faz esquecer os que morreram.
Tondela,
Eu te abraço
Porque te amo,
E apesar de não seres meu berço,
Ó terra do rio Dinha:
Peço-te, com enlevo:
Deixa-me chamar-te minha.
Aníbal José de Matos – 30 de Julho de 2010
E de alguns dos meus primeiros passos.
Eu te saúdo
Ó terra de minha Mãe.
Quantas saudades preenchem
Vazios do meu sentir.
Perpassam na minha mente
Momentos que a memória
Não permite que se apaguem.
Terra das minhas raízes,
Como recordo os passeios
Pelo alto do Pendão.
Tondela que o Caramulo,
Imponente e sedutor,
Enlaça para todo o sempre.
Onde as rosas perfumadas
São fragrância sensual.
Tondela da Fonte Nova,
Do Outeiro e dos Amores,
Das velhas festas da Mata,
Dos piqueniques nos pinhais.
E relembro aquela feira
Onde saborosos bolos tortos
Eram delícias de menino.
Vejo e revejo
O monumento na Praça
Recordando heróicos feitos,
Em que a alegria do regresso
Não faz esquecer os que morreram.
Tondela,
Eu te abraço
Porque te amo,
E apesar de não seres meu berço,
Ó terra do rio Dinha:
Peço-te, com enlevo:
Deixa-me chamar-te minha.
Aníbal José de Matos – 30 de Julho de 2010
A propósito, Carlos Marta teve palavras de muita simpatia para com a minha pessoa, dizendo, a certa altura, numa alocução em que me considerou seu concidadão, "Tondela te saúda."
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Embarque em Sobressalto
No AUDITÓRIO MUNICIPAL DE TONDELA

Morreu António Feio
O actor António Feio, de 55 anos, não conseguiu vencer a sua última batalha e sai de cena devido a um cancro no pâncreas.

Natural de Moçambique, era uma figura querida dos portugueses. É uma perda para o mundo das artes, artista por quem eu nutria grande simpatia, e que me deixa muita saudade.
Que descanse em paz.
Sentidos pêsames para a sua família.
O pensamento do dia
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Embarque em Sobressalto


O livro será apresentado pelo jornalista Joaquim Duarte Pereira (Zé Beirão), e a poetisa tondelense, Filipa Duarte, declamará alguns dos poemas contidos na obra.
Estão todos convidados.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Figueira da Foz (Portugal)
???????????
.
Na subida da Serra da Boa Viagem, pelo lado do Cabo Mondego, há vários dias que a placa que indicava (?) o perigo de incêndio na floresta, se encontra no chão, portanto arrancada da armação que a sustentava.
Será que já não há perigo de fogo na Serra?
Terá sido este o entendimento da Proteção Civil da Figueira da Foz?
Ou se não foi porque não foi já recolocada?
Figueira da Foz (Portugal)
terça-feira, 27 de julho de 2010
Figueira da Foz (Portugal)
O pensamento do dia
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Efemérides
26 de Agosto de 1853
Para além da sua veia poética (um dos seus poemas foi declamado na festa de inauguração do Teatro-Circo Saraiva de Cavalho - hoje Casino Figueira), foi um ilustre jornalista e autor teatral, publicando mais de meia centena de obras.
Faleceu, em Lisboa, em 2 de abril de 1927.
A imagem do dia
É já na próxima sexta-feira que, na galeria de exposições do mercado velho desta bonita localidade da Beira Alta, vai ser apresentado o meu mais recente livro de poesia, EMBARQUE EM SOBRESSALTO.
A apresentação estará a cargo do jornalista tondelense Joaquim Duarte Pereira (Zé Beirão), e a poetisa Filipa Duarte irá declamar seis dos poemas contidos no livro.
Entre outras individualidades, estará presente o diretor da FOLHETO, Adélio Amaro, que editou a obra.
O pensamento do dia
domingo, 25 de julho de 2010
O pensamento do dia
"A distância impede que eu te veja, mas não impede que eu te ame."
Luiz Carlos Ijalbert
Luiz Carlos Ijalbert
sábado, 24 de julho de 2010
Figueirenses
A propósito de
Diocleciano das Neves
(Comentário recebido, por e-mail, que tomo a liberdade de reproduzir):
Diocleciano das Neves
(Comentário recebido, por e-mail, que tomo a liberdade de reproduzir):
Caro Aníbal:
Fiquei satisfeito ao ver cumprido o meu desejo de ver postado as referências ao Homem Que Não Ri, que afinal, até Caminha Rindo. Mais me agrada perceber, pela extensão do texto, que foi com entusiasmo que o fez.
Só não me alongo mais por perceber que é uma pessoa muito ocupada. Muitos na sua idade (nossa) estariam longas horas a saborear o conforto do sofá e a acariciar o dorso do Mosquito.
Não resisto à tentação de lhe dizer que sinto sempre muitas saudades quando vejo algumas fotografias da Figueira em especial da publicada na sexta-feira, do Pelourinho. Foi o local onde brincava em miúdo a poucos metros da minha casa.
Sempre Presente
José Azul
Fiquei satisfeito ao ver cumprido o meu desejo de ver postado as referências ao Homem Que Não Ri, que afinal, até Caminha Rindo. Mais me agrada perceber, pela extensão do texto, que foi com entusiasmo que o fez.
Só não me alongo mais por perceber que é uma pessoa muito ocupada. Muitos na sua idade (nossa) estariam longas horas a saborear o conforto do sofá e a acariciar o dorso do Mosquito.
Não resisto à tentação de lhe dizer que sinto sempre muitas saudades quando vejo algumas fotografias da Figueira em especial da publicada na sexta-feira, do Pelourinho. Foi o local onde brincava em miúdo a poucos metros da minha casa.
Sempre Presente
José Azul
O pensamento do dia
"Quando a relva do seu vizinho lhe parecer mais verde, lembre-se de que ele, provavelmente, pensa o mesmo da sua."
Alessandro Igor
Alessandro Igor
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Embarque em Sobressalto

Aníbal José de Matos.
Os poemas transportam-nos
para um imaginário belo e sedutor.
Vou estar
presente no dia 30 de Julho para cumprimentar o
Poeta e dar-lhe os meus parabéns!
"A vida é o
momento por que passas."
Filipa Duarte"
.
Nota: Filipa Duarte é uma distinta poetisa de Tondela, cidade onde, no próximo dia 30 de julho, pelas 19 horas, na galeria de exposições do Mercado Velho, irá decorrer a apresentação do meu mais recente livro de poesia, EMBARQUE EM SOBRESSALTO.
A obra encontra-se à venda na FEIRA DO LIVRO DA FIGUEIRA DA FOZ, no stande de EDIÇÕES MUNICIPAIS.

O jornalista Aníbal José de Matos
lança livro de poesia em Tondela
Escrito por Zé Beirão
14-Jul-2010
Escrito por Zé Beirão
14-Jul-2010
"Aníbal José de Sousa e Matos, de seu verdadeiro nome, é um jornalista sem pseudónimos nem heterónimos, figurando como Aníbal José de Matos.
É bem conhecido na classe dos jornalistas de referência, concretamente no âmbito desportivo, ao nível da sua Cidade da Figueira da Foz, da região centro e do país, pelo menos, para aqueles que, como ele, estão na casa dos 70 anos ou mesmo dos 60 ou 50.
Nasceu na Figueira, como poderia ter nascido em Tondela, já que a sua mãe era oriunda desta Terra de Besteiros. Também poderia ter nascido em Santa Comba Dão, porque o seu pai era dali natural.
Mas, quis o acaso que visse a luz do dia na linda terra que se ufana de possuir uma das praias mais emblemáticas de Portugal, a praia da Figueira da Foz., ela que sempre foi muito frequentada pelos tondelenses e onde se apreciava o maravilhoso vinho branco dos vinhedos do Alto do Pendão.
O Aníbal é, pois, tondelense e santacombadense, pelo coração e figueirense pelo berço, contudo, não deixa de ser beirão, pois o distrito a que pertence, é terra da Beira Litoral.
O Aníbal José de Matos começou por ser funcionário dos serviços Municipalizados da Câmara Municipal da Figueira da Foz, de onde se aposentou, mas bem cedo se dedicou à vida literária, no âmbito do jornalismo e da rádio.
Em 1958, já escreveu uma monografia sobre a vida do emblemático clube da Figueira da Foz, a Naval 1.º de Maio, historiando os seus primeiros 65 anos de existência ao serviço do desporto.
A poesia teria vindo por acréscimo, pois no seu currículo aparece o seu primeiro livro em 1982 e um outro em 1992. Mas tem ainda duas Conferências, uma em 1981, sobre o papel da imprensa regional no desenvolvimento e história dum povo e outra em 1992, ainda sobre a Associação Naval 1.º de Maio, uma monografia/reportagem, premiada nos jogos florais do 1.º centenário da elevação da Figueira a Cidade (1990) e duas palestras, uma em 1992, sobre a força da cultura popular e outra sobre o Sporting Clube Figueirense, em 1996.
O poeta deu a sensação de que estava em “banho-maria”, que tinha hibernado durante a última década, pois não apareceram novos livros seus de poesia, mas o poeta estava lá, inteirinho, na sua essência, nas profundezas do seu ser pensante.
Eis senão, quando, de rompante, publica o seu 3.º livro de poesia, já neste ano da Graça de 2010, com o seu “Embarque em Sobressalto”. Ora lá está, o embarque para um novo porto do seu destino de poeta, mas o autor diz que é “em sobressalto”, acordando de um qualquer sonho belo no qual alguma fada-madrinha lhe segreda que o faça, que reme, mesmo contra a maré, num país esfrangalhado pela incompetência das gentes do Poder, um país transformado ele mesmo num barco com rombos no casco e prestes a naufragar e aqui, sinceramente, um embarque terá de ser mesmo em sobressalto.
Ele mesmo o diz quando fala o coração da mente do poeta:
Palavras sem ser à toa
E ditas sem ironia,
Lançadas com emoção
Num país em agonia.
…………………………
O Portugal que hoje temos
Não é bem o que sonhámos.
Na nação em que vivemos
Escasseia um mundo novo.
É bem certo que falhámos
Nós que fomos nobre povo.
O livro de poesia “Embarque em Sobressalto”, de Aníbal José de Matos, será lançado em Tondela, no espaço de exposições temporárias do Mercado velho, pelas 19 horas, dia 30 de Julho. "
O pensamento do dia
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Para a história da Figueira da Foz CCXXX
Figueirenses esquecidos !!!



Da obra de Maria da Conceição Vilhena, intitulada GUNGUNHANA NO SEU TEMPO, destaca-se a figura dum figueirense, Diocleciano Fernandes das Neves, “, homem justo, austero, íntegro, que manteve sempre boas relações com os negros e o muito que teve a sofrer foi da parte dos governadores portugueses.”.
Diocleciano nasceu na Figueira da Foz em 1829, falecendo em Serranine, Moçambique, a 24 de Fevereiro de 1883.
Conforme pode ler-se em FIGUEIRENSES DE ONTEM E DE HOJE, de Fausto Caniceiro da Costa, “rumou a África e em 5 de Outubro de 1855 desembarca em Lourenço Marque (hoje Maputo)”.
Ainda segundo Maria da Conceição Vilhena, “Na sua correspondência, não só se queixa das injustiças de que foi vítima, ao exigirem-lhe impostos sobre as terras que Muzila lhe havia concedido, como se revolta contra os roubos praticados pelos seus compatriotas. Não admira, pois, que também Muzila tenha tido decepções a respeito dos portugueses, como se depreende das palavras do missionário Frei Sadeleer, na sua carta de l-II-1881, publicada em Trois ans dans 1'Afrique Australe:
"Je crains bien que nous ne puissions continuer à résider dans lê pays d'Umzila. Ce chef ne veut pás que nous ayons dês rapports avec lês Portugais; or, Ia voie Ia plus courte pour nous approvisionner, c'est évidemment Ia cote de Sofala. Umzila deteste lês Portugais, parce que, dit-il, lês hommes de cette nation, (c'est-à-dire, lês métis qui trafiquent à 1'intérieur), lui enlèvent sés boeufs et quelquefois même sés esclaves."
Recorde-se que Muzila Muzila ou Mzila, foi rei do Império de Gaza, no território do actual Moçambique, entre 1861 e 1884 e era pai de Ngungunhane (Gungunhana)
Ainda, citando a obra, “Vários escritores da época afirmam que Muzila enviou dois regimentos para prestar honras fúnebres aquando da morte de Diocleciano. Todavia nada consta no Relatório do alferes Albino Augusto Pinto de Magalhães, especialmente enviado ao Bembe, em Fevereiro - Março de 1883,"a fim de sepultar o cadáver do finado Diocleciano das Neves e arrecadar o seu espólio".
Embora respeitado e estimado por todos os indígenas, Diocleciano morreu na maior solidão e foi enterrado já em estado de putrefacção, no dia 9 de Março, quando o seu falecimento se havia dado em 24 de Fevereiro. O relator refere que ao seu enterro "não houve um só indígena que deixasse de comparecer", não fazendo a menor alusão às impis do Muzila.
Na margem sul do rio Limpopo, a poucos quilómetros da foz, existe uma campa com uma enorme cruz (na imagem) que se avista a grande distância e se destaca no meio da planície ribeirinha. O local não fica longe do Zongoene Lodg e os barcos de recreio deste hotel, que levam os turistas em passeio pelo rio, passam frequentemente ao lado desta campa cuja história é para muitos desconhecida.
Mas a população da zona, sobretudo os mais velhos, ainda se recordam da sua história. Ali está enterrado o Mafambacheca, nome pelo qual era conhecido em todo o sul do Save o negociante
de marfi m português, Diocleciano Fernandes das Neves. Ele foi amigo pessoal de Muzila, e desempenhou um papel importante na luta entre este e o seu irmão Mawewe, pela sucessão ao trono do Reino de Gaza, após a morte de Sochangane em 1858.
Diocleciano, em 1859, abandonou a função pública para se dedicar ao negócio do marfi m, que passara a ser a principal actividade comercial no sul de Moçambique na segunda metade do século XIX, após o declínio do tráfico de escravos.
Diocleciano nasceu na Figueira da Foz em 1829, falecendo em Serranine, Moçambique, a 24 de Fevereiro de 1883.
Conforme pode ler-se em FIGUEIRENSES DE ONTEM E DE HOJE, de Fausto Caniceiro da Costa, “rumou a África e em 5 de Outubro de 1855 desembarca em Lourenço Marque (hoje Maputo)”.
Ainda segundo Maria da Conceição Vilhena, “Na sua correspondência, não só se queixa das injustiças de que foi vítima, ao exigirem-lhe impostos sobre as terras que Muzila lhe havia concedido, como se revolta contra os roubos praticados pelos seus compatriotas. Não admira, pois, que também Muzila tenha tido decepções a respeito dos portugueses, como se depreende das palavras do missionário Frei Sadeleer, na sua carta de l-II-1881, publicada em Trois ans dans 1'Afrique Australe:
"Je crains bien que nous ne puissions continuer à résider dans lê pays d'Umzila. Ce chef ne veut pás que nous ayons dês rapports avec lês Portugais; or, Ia voie Ia plus courte pour nous approvisionner, c'est évidemment Ia cote de Sofala. Umzila deteste lês Portugais, parce que, dit-il, lês hommes de cette nation, (c'est-à-dire, lês métis qui trafiquent à 1'intérieur), lui enlèvent sés boeufs et quelquefois même sés esclaves."
Recorde-se que Muzila Muzila ou Mzila, foi rei do Império de Gaza, no território do actual Moçambique, entre 1861 e 1884 e era pai de Ngungunhane (Gungunhana)
Ainda, citando a obra, “Vários escritores da época afirmam que Muzila enviou dois regimentos para prestar honras fúnebres aquando da morte de Diocleciano. Todavia nada consta no Relatório do alferes Albino Augusto Pinto de Magalhães, especialmente enviado ao Bembe, em Fevereiro - Março de 1883,"a fim de sepultar o cadáver do finado Diocleciano das Neves e arrecadar o seu espólio".
Embora respeitado e estimado por todos os indígenas, Diocleciano morreu na maior solidão e foi enterrado já em estado de putrefacção, no dia 9 de Março, quando o seu falecimento se havia dado em 24 de Fevereiro. O relator refere que ao seu enterro "não houve um só indígena que deixasse de comparecer", não fazendo a menor alusão às impis do Muzila.
Na margem sul do rio Limpopo, a poucos quilómetros da foz, existe uma campa com uma enorme cruz (na imagem) que se avista a grande distância e se destaca no meio da planície ribeirinha. O local não fica longe do Zongoene Lodg e os barcos de recreio deste hotel, que levam os turistas em passeio pelo rio, passam frequentemente ao lado desta campa cuja história é para muitos desconhecida.
Mas a população da zona, sobretudo os mais velhos, ainda se recordam da sua história. Ali está enterrado o Mafambacheca, nome pelo qual era conhecido em todo o sul do Save o negociante
de marfi m português, Diocleciano Fernandes das Neves. Ele foi amigo pessoal de Muzila, e desempenhou um papel importante na luta entre este e o seu irmão Mawewe, pela sucessão ao trono do Reino de Gaza, após a morte de Sochangane em 1858.
Diocleciano, em 1859, abandonou a função pública para se dedicar ao negócio do marfi m, que passara a ser a principal actividade comercial no sul de Moçambique na segunda metade do século XIX, após o declínio do tráfico de escravos.
Mafambacheca (ou Mafambahleca) significa, nas línguas Ronga e Changane, “aquele que caminha
rindo” e Diocleciano recebeu esta alcunha por ser um homem alegre, bem disposto e com um apurado sentido de humor. Ele falava Ronga, Changane e Zulu fluentemente e foi talvez o primeiro português a escrever em línguas Bantu, como se pode ver no livro que publicou em Lisboa em 1878, “Itinerário de Uma Viagem à Caça dos Elefantes”.
rindo” e Diocleciano recebeu esta alcunha por ser um homem alegre, bem disposto e com um apurado sentido de humor. Ele falava Ronga, Changane e Zulu fluentemente e foi talvez o primeiro português a escrever em línguas Bantu, como se pode ver no livro que publicou em Lisboa em 1878, “Itinerário de Uma Viagem à Caça dos Elefantes”.
Entre os falantes de língua Zulu ou Ngúni ele era conhecido como Maambatabil, que tem o mesmo significado que Mafambacheca.
Figueira da Foz (Portugal)
Embarque em Sobressalto

O evento terá lugar na galeria de exposições do mercado velho.
Na foto (clicar para ampliar), a Capela de Sant'Ana, um dos mais emblemáticos edifícios da cidade.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
A frase
"governo pede sacrifícios aos cidadãos mas aumenta as despesas do estado."
.
Em TVI24
.
Mas será que esta situação ainda merece comentários? Será que somos todos estúpidos?
Quanto a mim limito-me a constatar o estado a que isto chegou!!!
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