
COM (MUITA) FALTA DE COR...
A Naval da Figueira da Foz vai no seu sexto ano de participação na prova maior do futebol português, mas as coisas, volvida a primeira ronda do segundo terço do campeonato, estão muito tremidas, já que o emblema figueirense ocupa, isolado, o incómodo lugar de lanterna vermelha da competição.
Tal como sucedeu na época de 2005/2006 (estreia dos navalistas na prova), em que a manutenção esteve periclitante, salvando-se com um triunfo (que levantou polémica) em Penafiel (7 de maio de 2006), e beneficiando dum circunstancial conjunto doutros resultados, a posição, neste momento, não é famosa, com três treinadores a liderarem a equipa nas primeiras 11 jornadas (Víctor Zvunka, Fernando Mira e Rogério Gonçalves).
Volvidas 11 rondas, constata-se que a Naval nunca esteve tão mal classificada nesta altura do campeonato, como pode ver-se:
Em 2005/2006, contava 11 pontos, em 2006/2007, 16, em 2007/2008, 12, em 2008/2009, 12, em 2009/2010, 11 e, presentemente, com igual número de jornadas disputadas, apenas 5!!! (e com saldos peffeitamente negativos: maior número de golos sofridos (21) e apenas 6 tentos marcados, só mais 1 do que o Marítimo).
Repare-se que só Desportivo das Aves (5 em 2006/2007 ) e a União de Leiria (4 em 2007/2008), contavam com menos pontos do que a Naval à 11.ª etapa, e a verdade é que tanto avenses como leirienses desceram à Liga de Honra nessas épocas.
A Naval vai no seu 10.º jogo oficial sem vencer (incluindo 1 para a Taça de Portugal, em que foi eliminada, no seu próprio terreno, pelo Marítimo, com os insulares a alcançarem o seu primeiro triunfo na presente temporada!!!)
A única vitória da equipa, na presente época, foi obtida, em 22 de agosto, então sob o comando do francês Víctor Zvunka, na 2.ª jornada da prova, no campo do adversário, o Portimonense, atual companheiro dos navalistas na zona de despromoção.
Víctor Zvunka, em seis jornadas (defrontando o FC Porto, o Sporting e o Braga), conquistou 4 pontos (uma vitória e um empate), Fernando Mira perdeu, em casa, frente ao Paços de Ferreira, na 7.ª ronda, e Rogério Gonçalves, o homem que teve o mérito de levar o clube à divisão maior, regressando como salvador, não foi além de um ponto em 4 jornadas (empate em casa com o Olhanense), e já "saboreou" 4 derrotas (incluído o tal jogo em que foi eliminado pelo Marítimo, para a Taça).
Pode dizer-se, e com razão, que ainda há muito campeonato pela frente, mas não é menos verdade que lá diz o ditado "candeia que vai à frente alumia duas vezes) e a Naval transporta a candeia (leia-se lanterna) lá muito atrás...
Vamos esperar para ver, e pode ser que o Rio Ave seja a vítima que poderá relançar os figueirenses no volte-face.
Tudo é possível mas esta estreia dos navalistas, como SAD, não está a ser famosa; longe disso!