Já, neste espaço, tive oportunidade de falar das modificações operadas no Jardim Municipal da Figueira da Foz.
Vejam bem o que ali foi feito (ou desfeito) ao longo dos anos. Alguém o reconhece?
AJM
"O Sporting Clube Figueirense (nascido em 1 de Dezembro de 1918, fruto de dissidências entre a Naval e o Ginásio) conta no seu historial com fases de grande valia na edificação do desporto figueirense.
Também os desportos náuticos, particularmante a natação (de saudosa memõria a sua piscina da Murraceira) mereceram, no passado, o carinho deste emblema.
O atletismo e o basquetebol constituem de momento as modalidades sobre as quais se debruça esta agremiação.
O seu historial comporta ainda o tiro, o xadrez, o futebol, a esgrima, entre outras modalidades desportivas praticadas.
O campismo mereceu sempre do Sporting um carinho considerável tendo construído, na aprazível Serra da Boa Viagem, uma casa-abrigo que na época constituiu um elemento muito importante para a prática da modalidade."
(in "TERRAS DA NOSSA TERRA", edição de 20 de Março de 1990)
AJM
Fotos de AJM
Chegou ao seu termo o folhetim Gil Vicente/Belenenses. O Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de futebol, num acórdão, de hoje, com mais de 70 páginas, deliberou condenar o Gil Vicente à descida à Liga de Honra e manter o Belenenses na principal Liga do futebol português.
Um final feliz para uns (os do Restelo), uma decepção para outros (os de Barcelos).
A secretaria mandou mais do que os relvados. Mas será que, a contrariar a esperteza de uns, não houve ingenuidade doutros?
Esta deliberação já não é passível de recurso.
AJM
AJM
AJM
DILLY, o avião que Humberto da Cruz pilotou numa viagem heróica
De 25 de Outubro de 1934 a 21 de Dezembro do mesmo ano, um figueirense pelo coração, Humberto da Cruz (irmão de Emanuel Cruz e do fotógrafo Afonso Cruz, recentemente falecido), levou a cabo uma viagem memorável e pioneira na história da aviação.
Lisboa, Timor, Macau, Índia, Lisboa, foi o percurso, que totalizou 42 670 quilómetros. Acompanhado do seu mecânico, António Gonçalves Lobato, Humberto da Cruz, pilotando o avião baptizado com o nome de DILLY, escreveu uma página histórica da aviação portuguesa e o país rendeu-lhe as maiores homenagens.
A propósito, e no decorrer das inúmeras recepções, o figueirense Luís Wittnich Carriço, disse, entre outros considerandos, a propósito deste feito:
“Não foi ele, apenas, o homem de coragem que arriscou a vida numa viagem cheia de perigos; não foi só o piloto hábil, sempre senhor do seu aparelho; foi, sobretudo, o homem que estudou, que procurou reunir as máximas probabilidades de êxito, que agiu com a maior serenidade e que, acima de tudo, com uma vontade de ferro, soube vencer todas as dificuldades – e tantas foram elas! – que se opunham à realização do seu projecto.”
AJM (texto e fotos)
Felizmente nem tudo ardeu, nem tudo foi votado ao abandono, e ainda se encontram, na Serra, espaços de floresta como o que esta imagem demonstra.
O citado Engenheiro Manuel Alberto Rei, escrevia, em 1924: "Posso, e com legítimo orgulho, afirmar que em 1911 descobri, geograficamente, a Serra da Boa Viagem, pois que, até então, nada mais era do que uma montanha árida e pedregosa onde vegetavam e a urze e o tojo, e mesmo convencido estou de que 95% da população da Figueira desconhecia a sua existência."
E terminava, assim, a sua introdução no livro que dedicou à Serra: "Enquanto merecer a estima e a confiança das entidades superiores, nas minhas iniciativas e nos meus modestos trabalhos, pode a Figueira estar certa de que eu continuarei a dispensar à arborização da Serra toda a minha boa vontade, esforço, carinho e dedicação pelo seu engrandecimento, que é o engrandecimento da Figueira da Foz e do país".
Ai se cá voltasses, Alberto Rei...
Aníbal José de Matos (texto e fotos)